FLIP 2019

A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) chegou a sua 17ª edição reunindo autores, músicos, atores e artistas entre os dias 10 e 14 de julho. Às vésperas da estreia do evento, uma notícia animadora: a cidade colonial de Paraty e a Ilha Grande foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco, por sua mistura única de riquezas históricas e naturais. A área reconhecida abrange 149 mil hectares e inclui o centro histórico de colônias de Paraty (fundada em 1667 e declarado patrimônio histórico no Brasil em 1958) e quatro reservas naturais ao redor, incluindo a Serra da Bocaina e a Ilha Grande, na região chamada de “Costa Verde”.

A conquista do título foi mais um motivo para celebrar a rica diversidade cultural e natural da cidade que abriga a FLIP desde 2003. Para documentar esse evento tão peculiar e importante, convidamos a Bia Salomão, superpotência criativa e parceira fugaz há mais de um ano. Além da cobertura exclusiva em Polaroid para Fugaz, a Bia participou da FLIP em diversas frentes, sobretudo, como mediadora da Casa Philos -residência que considera ter sido o grande destaque da edição – numa roda sobre moda e sustentabilidade em rede ao lado de Fabíola Trinca e Marcella Klimuk.

A Casa é realizada pela Revista Philos e pela Secretaria de Cultura de Paraty, por meio da Biblioteca Municipal Fábio Villaboim, do Mercado de Arte – MAR e do Cinema da Praça de Paraty. A programação – que ocupou três espaços no Centro Histórico – trabalhou questões como diversidade e inclusão, trazendo ao centro da discussão as centralidades periféricas, a partir do tema “Escrevendo nas margens”.

“Tenho descoberto que festivais são muito mais que lugares paradisíacos. O que mais importa neles são as pessoas. As histórias. Os encontros.

Enquanto o grande galpão da livraria da Travessa era invadido por hordas de pessoas atraídas como mariposas em direção a capas coloridas e diagramações cada vez mais ousadas de livros que iam das mais profundas reflexões às modas mais efêmeras, a programação independente e paralela à oficial atraia os seres mais despadronizados em busca de novidade.

A Casa Philos assumiu um protagonismo fundamental na FLIP, mostrando-se comprometida em trazer um espaço de acolhimento às mulheres e à população LGBTQ+ em geral, com rodas de conversa, mesas, entrevistas, exibição de filmes e shows.

O barco pirata da FLIPEI foi povoado por Suely Rolnik, Gregorio Duvivier, Glenn Greenwald, Ailton Krenak e outras mentes lotadas de boas ideias que temos o privilégio de acessar em terras tupiniquins. 

A todo tempo cruza-se com celebs equilibrando-se pelas ruas pedregosas do centro histórico. Ayobámi Adebayó, Grada Kilomba, Jarid Arraes, Ryane Leão, Karina Sainz Borgo,  Djamila Ribeiro, a FLIP foi delas, ou melhor, NOSSA. Euclides da Cunha que me perdoe, mas passou o tempo de homenagear homens brancos heterossexuais colonizadores, apesar de seu passado socialista resgatado pela galera da Autonomia Literária.”

Bia Salomão é pós graduada em Arte e Filosofia pela PUC-RJ, fundadora do Sinestesia Mutante e coordenadora na Casa de Estudos Urbanos, na Glória.

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