o RepÓrter
O jornalismo de hoje é a história de amanhã
Em 2013, iniciamos um trabalho para reavivar a história e as reflexões contidas em uma das mais significativas e, não obstante, menos lembradas publicações alterativas da década de 1970: o Repórter. Um jornal que marcou época e se insere no amplo panorama de uma década que mudou o Brasil e o jornalismo brasileiro.
Através do projeto de resgate de memória do Repórter, buscamos criar um fórum permanente e a todos acessível para o debate sobre o jornalismo amordaçado daquele período, mas, também, sobre os desafios do jornalismo em nosso tempo.
REPORTER’ o jornalismo de hoje e a história de amanhã, artigo assinado por Joyce Martins e João Estrella de Bettencourt, foi publicado no Observatório da Imprensa em setembro de 2013. O texto marcava o lancamento de nosso primeiro projeto de pesquisa, documentação, resgate à memória e jornalismo independente. Na época, disponibilizamos de forma gratuita o acervo completo e digitalizado do Reporter nas redes sociais. No Facebook, a página tem o intuito de gerar conhecimento e proximidade, reunindo alí amigos de redação de longa data, além de novos e antigos fãs do jornal.
sementes de marielle
Produção original de 2018, documentou em texto, vídeo e fotografia as manifestações e novas lideranças que surgiram no período de nove meses.
Talíria petrone
Produção original de série de entrevistas com a Talíria Petrone – então pré-candidata à deputada federal pelo Rio de Janeiro – em junho de 2018. Entrevistamos novamente no primeiro dia de sua campanha, quando foi ameaçada na travessia de Niterói para o Rio de Janeiro

Julgamento de Ustra
Palácio da Justiça, 17 de outubro de 2018
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), em julgamento da 13ª Câmara Extraordinária Cível extinguiu o processo que condenou o coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra a pagar indenização de R$ 100 mil à família do jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto e torturado nos porões do DOI-CODI em 1971.
A Fugaz acompanhou o julgamento da apelação da defesa de Brilhante Ustra. No final, entrevistou, gravou e fotografou Eleonora Menicucci, Angela Almeida e seu filho Nico.
O coronel havia sido condenado em primeira instância em 2012, mas recorreu. Ustra morreu em 2015, entretanto, o recurso só foi julgado agora. A família de Merlino buscará reverter a decisão no STJ e no STF. O objetivo é deixar registrado pela Justiça Brasileira o reconhecimento da responsabilidade de Ustra na tortura e morte do jornalista Luiz Eduardo Merlino.
“O Ustra comandava da porta da sala de tortura”. É o que nos contou Eleonora Menicucci, professora do departamento de saúde coletiva da Universidade Federal de São Paulo e ex Ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres no Governo Dilma. Ela estava na mesma sala em que foi torturado o jornalista Luiz Eduardo Merlino, cuja ação pedindo danos morais e o reconhecimento dos crimes comandados por Ustra foi, hoje, extinta por prescrição pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Eleonora Menicucci
Angela Almeida Nico
“Pelo visto, muitos não sabem o que foi a ditadura. Não sabem o que foi a tortura. E, infelizmente, vão aprender na prática.” Foi o que disse Angela Almeida, ex-companheira do jornalista Luiz Eduardo Merlino, torturado e morto em 1971 sob o comando do coronel Ustra.
Nico, filho da Angela Almeida, ex-companheira do jornalista Luiz Eduardo Merlino, falou sobre a importância de preservação da memória da ditadura, especialmente diante do momento eleitoral que vivemos em 2018.
memória da ditadura
Instituto Vladimir Herzog, 19 de outubro de 2018
Conversamos com Rogério Sottili, diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, sobre a importância de preservar a memória da ditadura. Rogério também falou sobre o tratamento dispensado a populações periféricas, minorias e trabalhadores, bem como os preocupantes paralelos com o cenário político atual. A entrevista foi dividida e publicada em cinco partes. @vladimirherzog